Em 1963, o Santos de Pelé passou pelo Boca na final da Libertadores e
se sagrou campeão do torneio. Em 2008, foi a vez do Fluminense com Conca
e Washington fez a festa no Maracanã tirando os argentinos nas
semifinais da competição. Agora, novamente os tricolores têm a
oportunidade de gravar o nome na história como os únicos brasileiros a
eliminarem o Boca pela segunda vez em uma fase decisiva da maior
competição sul-americana de clubes. O embate acontece na noite desta
quarta-feira, às 19h30m (de Brasília), no Engenhão.
Para conseguir o feito, o Fluminense precisa vencer por dois gols de
diferença para ir à semifinal, enquanto a equipe argentina vai jogar
pelo empate. Se o placar de 1 a 0 se repetir a favor dos brasileiros, a
decisão da vaga para as semifinais da Libertadores será nos pênaltis.
O time vai para o Engenhão com importantes desfalques. Deco, Valencia,
Diguinho e Fred já não estiveram em campo na Bombonera na última semana,
e seguem fora da equipe em função de problemas médicos. Carlinhos está
supeso. Um alento para o técnico Abel Braga é o retorno de Wellington
Nem. Recuperado, ele começa no banco como opção para mudar a partida. O
treinador confia na força do elenco e na da torcida, que esgotou em dois
dias os ingressos comuns deixando apenas poucos para o Setor Premium.
Os argentinos garantem que não vão abdicar do ataque, mas usarão a
vantagem para conter o rival. A ideia é marcar um gol a qualquer custo,
para forçar o Flu a se atirar ao ataque. A delegação do Boca chegou ao
Rio com duas horas de atraso, nesta terça-feira, e ainda treinou no
palco da partida, às 19h. Em silêncio, quase todos os jogadores
desfilaram a costumeira marra após a atividade e ignoraram a imprensa - à
exceção de Clemente Rodríguez.
O chileno Enrique Osses apita a partida, auxiliado pelos compatriotas
Francisco Mondría e Carlos Astroza. O GLOBOESPORTE.COM acompanha todos
os lances em tempo real.
Fluminense: o técnico Abel Braga não conta com
Valencia, Diguinho, Fred e Deco. Além deles, Carlinhos também está fora
por suspensão. Por isso, Thiago Carleto é a única novidade em relação ao
time que saiu da Bombonera derrotado por 1 a 0. Wellington Nem volta,
mas começa no banco. O time entra em campo com: Diego Cavalieri, Bruno,
Gum, Anderson e Carleto; Edinho, Jean, Wagner e Thiago Neves; Rafael
Sobis e Rafael Moura.
Boca Juniors: no lado argentino, a escalação do jogo
de ida só não se repetirá porque Santiago Silva está de volta ao ataque.
Ele formará dupla com Mouche, provavelmente - Cvitanich é a outra
opção, mas corre por fora. Somoza segue fora, e Erbes estará em seu
lugar no meio de campo. Eis a formação: Orión, Roncaglia, Schiavi,
Insaurralde e Clemente Rodríguez; Rivero, Erbes, Erviti e Riquelme;
Mouche (Cvitanich) e Santiago Silva.
Fluminense: Deco e Fred ainda se recuperam de uma
lesão muscular na coxa direita. Valencia também segue se recuperando de
um estiramento na panturrilha direita. Já Diguinho ainda sente dores em
função de uma torção no tornozelo direito. Carlinhos é o outro
desfalque, mas este por suspensão.
Boca Juniors: O volante Somoza está machucado e é o único desfalque de Falcioni. Não há ninguém suspenso.

Fluminense: Rafael Moura é a referência no ataque tricolor desde a saída de Fred. Na Bombonera, o jogador teve poucas oportunidades de marcar, acabou sumido e ainda foi substituído na etapa final. No Engenhão, o He-Man tem nova oportunidade de mostrar sua força e ajudar o Flu a buscar a vaga nas semifinais.
Boca Juniors: De volta à equipe, Santiago Silva está com fome de gols. O atacante passou em branco nos dois jogos da fase de grupos, contra o Flu, e precisa ser bem vigiado para que a vantagem argentina não aumente. Além dele, Riquelme, é claro, vai segurar a bola e tentar cadenciar a partida, a seu estilo. Isso é tudo o que os cariocas não querem.

Abel Braga, técnico do Fluminense: "Fluminense e
Boca fazem o maior clássico sul-americano na atualidade. Há um respeito
muito grande entre as duas equipes, assim como não há favoritismo. Não
acredito em dois jogos iguais, mas estamos vindo de uma boa sequência e
vamos lutar até o fim por essa classificação"
Clemente Rodríguez, lateral-esquerdo do Boca Juniors: "Sabemos
que será um dos jogos mais difíceis que teremos, são os 90 minutos
finais de um confronto equilibrado e temos que continuar a fazer as
coisas bem para sairmos classificados. A vantagem de 1 a 0 é importante,
mas não é algo extraordinário. Então, não vamos ficar só na defesa.
Temos de sair para o jogo"

* Quem leva vantagem? Veja o histórico de confrontos na Futpédia.
* Independentemente do placar, vencer a primeira partida no mata mata
da Libertadores é uma boa vantagem. Nas últimas sete edições de
Libertadores, de 2006 a 2012, em 54 oportunidades o vencedor do jogo da
ida se classificou para a sequência da competição e apenas 13 vezes o
perdedor da primeira partida reverteu a situação e seguiu na
competição..
* Nove das 20 vitórias que o Fluminense obteve na temporada 2012 foram
por mais de um gol de diferença. Dessas nove vitórias, duas foram diante
de adversários de expressão no futebol brasileiro: Vasco na decisão da
Taça Guanabara e Botafogo na decisão do Carioca.
* Fluminense e Boca Juniors possuem histórias bem diferentes na
Libertadores. O Boca conquistou seis vezes o título sul-americano e
iguala o recorde do Independiente em caso de nova conquista. Já o
Tricolor carioca disputa sua quinta Libertadores e obteve seu melhor
resultado em 2008 quando foi vice-campeão.

Fluminense e Boca Juniors se enfrentaram na última semana. Os
argentinos venceram o jogo por 1 a 0, com gol marcado por Mouche diante
de milhares de torcedores na Bombonera. O Fluminense começou bem a
partida, mas a expulsão de Carlinhos ainda no primeiro tempo acabou
prejudicando o time tricolor, que não resistiu.
FONTE: http://globoesporte.globo.com
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